Ronaldo era Ronaldinho até que despontasse outro craque brasileiro, o Ronaldinho Gaúcho, e fizesse o diminutivo desaparecer do seu nome. Ronaldinho virou só Ronaldo e mais tarde Ronaldo Fenômeno.
Mas a contusão antes da competição colocou o plano de desengasgar a garganta em risco. Poucos acreditavam que Ronaldo, que não era mais Ronaldinho, pudesse se recuperar. Mas Felipão, o técnico, botou fé de que sua perna iria estar em ordem para a Copa. O Brasil então sagrou-se pentacampeão mundial, e Ronaldo foi o artilheiro da Copa com oito gols
Na Copa seguinte, na Alemanha, o Brasil foi eliminado pela França, e a Itália levou a taça na decisão contra a França, jogo marcado pela cabeçada de Zidane no peito do italiano Materazzi. E os Ronaldos não marcaram ponto algum em seus currículos na competição da Alemanha.
Para a Copa do ano que vem na África do Sul, a participação dos Ronaldos é incerta. Lá se foi uma década desde a história da Copa da França. Os xarás nesse tempo se encheram de fama e grana no bolso, foram escolhidos os melhores craques do mundo e olham para o futuro com apreensão. Ficaram mais velhos mas querem iluminar o final de suas carreiras. Sobre Ronaldinho Gaúcho, hoje no Milan, a ida para a festa da África do Sul é mais certeira. Sobre Ronaldo, que já foi Ronaldinho um dia, a temporada de treinos no Corinthians indica que o imprevisível de sua vida continua à solta. E a bola rola. Por quanto tempo, não se sabe.
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