Ronaldos da bola

Ronaldinho

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Ronaldo
Ronaldo

Ronaldo era Ronaldinho até que despontasse outro craque brasileiro, o Ronaldinho Gaúcho, e fizesse o diminutivo desaparecer do seu nome. Ronaldinho virou só Ronaldo e mais tarde Ronaldo Fenômeno.

A trajetória de Ronaldo foi fantástica e cheia de pedras no caminho. Há pouco mais de 10 anos, na Copa de 1998, na França, ele era o cara da vez e ainda era o Ronaldinho. Veio então a fatídica decisão contra os donos da casa, quando teve uma crise nervosa no dia da partida final. A derrota por 3 a 0 e a perda do título ficaram engasgadas na garganta  do craque até a Copa seguinte, em 2002, na Ásia.

Mas a contusão antes da competição colocou o plano de desengasgar a garganta em risco. Poucos acreditavam que Ronaldo, que não era mais Ronaldinho, pudesse  se recuperar. Mas Felipão, o técnico, botou fé de que sua perna iria estar em ordem para a Copa. O Brasil então sagrou-se pentacampeão mundial, e Ronaldo foi o artilheiro da Copa com oito gols

Na Copa seguinte, na Alemanha, o Brasil foi eliminado pela França, e a Itália levou a taça na decisão contra a França, jogo marcado pela cabeçada de Zidane no peito do italiano Materazzi. E os Ronaldos não marcaram ponto algum em seus currículos na competição da Alemanha.

Para a Copa do ano que vem na África do Sul, a participação dos Ronaldos é incerta. Lá se foi uma década desde a história da Copa da França. Os xarás nesse tempo se encheram de fama e grana no bolso, foram escolhidos os melhores craques do mundo e olham para o futuro com apreensão. Ficaram mais velhos mas querem iluminar o final de suas carreiras. Sobre Ronaldinho Gaúcho, hoje no Milan, a ida para a festa da África do Sul é mais certeira.  Sobre Ronaldo, que já foi Ronaldinho um dia, a temporada de treinos no Corinthians indica que o imprevisível de sua vida continua à solta. E a bola rola. Por quanto tempo, não se sabe.