Até a bola sai envergonhada na copa da Itália

Bola Etrusco de 1990

Bola Etrusco de 1990

A indústria de material esportivo corre a cada momento atrás do equipamento perfeito. No futebol, obrigatoriamente, a cada Copa do Mundo, tem que aparecer algo novo. Como a bola conquistou importância crescente com a popularização do esporte, batendo chuteiras, uniformes e caneleiras, tomou também ares de estrela. Na edição de 1990, na Itália, a Adidas, que se tornara desde 1978 fornecedora da FIFA, apresentou no palco italiano a bola Etrusco.

O modelo ganhara desenho novo, depois que surgira na copa anterior, no México, como a primeira bola inteiramente sintética, a Azteca. E Maradona, craque argentino que levara sua seleção ao título na decisão contra a Alemanha, voltou a ganhar os holofotes em 90. Mas não haveria luz capaz de iluminar campeonato tão sonolento.

A seleção brasileira foi à Itália sob o comando de Sebastião Lazaroni, que ficou marcado pelo comercial gravado para a Fiat antes da competição. Roteiro do comercial: depois de revelar para um guarda local que era brasileiro, apesar do sobrenome Lazaroni;  que era técnico da seleção brasileira; que em seu país se produzia o carro Uno exportado para a Itália; o guarda, incrédulo e irônico, responde: “Prazer, senhor Lazaroni, eu sou o Papa!”.

Foi o melhor lance da equipe brasileira naquela copa, que foi eliminada pela Argentina por 1 a 0 nas oitavas-de-final. E argentinos e alemães voltaram a se encontrar na decisão.

Diante de 73 mil pessoas, a Alemanha levou a melhor na vitória por 1 a 0, em que até a bola Etrusco saiu envergonhada do estádio Olímpico de Roma.

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